segunda-feira, 17 de outubro de 2016

A velha italiana

Como tanta e tanta gente, entrei no hábito do Nexpresso, por comodidade. Foi preciso ir ao Brasil, há meses, para voltar a experimentar o café filtrado (talvez mais corretamente “café de passagem natural”). Este era o que se usava sempre em casa dos meus pais, em máquina de balão que hoje uso principalmente para infusões em culinária (belo caldo de marisco!) e eu usei café de filtro durante muitos anos, com filtro de papel ou em cafeteira italiana (também dita cafeteira Moka). 
Para mim, é de longe o melhor café. Além disso, não se conhece ainda nada de possíveis efeitos nefastos do alumínio das cápsulas e o seu café contém açúcar, embora em percentagem muito baixa (cerca de 0,2 g por cápsula). mas, para bom consumidor de café, como eu, pesa.
Voltei à cafeteira italiana. Tenho usado uma vulgar, que tem o inconveniente de precisar de uma placa adaptadora para o meu fogão de placas de indução. Aproveitei para ir estudar o que havia de dicas sobre a otimização do café de italiana e aqui deixo algumas.
  1. A água deve ser de nascente e não de torneira.
  2. Enche-se o recipiente inferior com água fria até quase à válvula.
  3. O café deve ser moído na altura. Por comodismo, condescendo em usar café de moagem grossa ou, como agora se vende, como compromisso, moagem universal, mas sempre em embalagem com fecho. Os meus favoritos são dois lotes Delta com origem determinada, Timor e Brasil. 
  4. O recipiente do café deve ficar cheio, mas sem calcar o café.
  5. Aquecer a lume médio-baixo, até a água sair em cima a borbulhar.
  6. Mexer um pouco antes de servir.
  7. Não lavar com detergente.