Cá vai mais uma das minhas francesices. Daqueles que me fazem valer a alguns bloguistas a acusação de eu ser um pretensioso, todo esquisito na cozinha, que deve ser é forte e bruta, rústica e caseira, mesmo que um pouco aligeirada, porque ser moderno e bom cozinheiro é só isto, ficando o resto para os profissionais.
Mesmo assim, aceito que alguns deles, variando coisas tradicionais que fizeram a sua cozinha de infância, como me aconteceu a mim, fazem bom trabalho. Fazem incomparavelmente melhor do que as tias que rasgam para levar para o blogue as folhas da revista do cabeleireiro. Mas criar com arte é outra coisa, perdoe-se-me a imodéstia. Admito que seja “twilight zone” culinária, porque fica entre amador tosco embora bem intencionado e especialista profissional.
Mesmo assim, aceito que alguns deles, variando coisas tradicionais que fizeram a sua cozinha de infância, como me aconteceu a mim, fazem bom trabalho. Fazem incomparavelmente melhor do que as tias que rasgam para levar para o blogue as folhas da revista do cabeleireiro. Mas criar com arte é outra coisa, perdoe-se-me a imodéstia. Admito que seja “twilight zone” culinária, porque fica entre amador tosco embora bem intencionado e especialista profissional.
A minha consoada é tradicional, do lado transmontano da morena. Polvo frito, sopa de bacalhau com ovos em fio, bacalhau com todos. Como era para ser cá em casa, preparei uma ementa que acho interessante. A cada prato tradicional seguir-se-ia um miniprato de cozinha moderna, minha, baseada nele. Afinal, não vai ser assim, mas provavelmente publicarei o que seriam esses pratos de cozinha elaborada.
Fica o jantar de Natal, que, na minha tradição açoriana, é o momento máximo das festas. Era só a canja e a galinha recheada, que depois virou peru, que depois virou capão e que hoje, com a retração da família dispersa, virou novamente galinha. O bacalhau não tinha tradição de meninos Costa, até eu consagrar muitos anos depois, como ícone natalício, o bacalhau à Conde da Guarda, genuíno.
Da galinha recheada não vou dizer nada, creio que já escrevi sobre ela vezes e vezes, desde o meu livro “O Gosto de Bem Comer”. Hoje fica só nota para inovação de Natal, “Consomê de lambujinhas aromatizado com champanhe e sabor a bicho de pena”. Dir-me-ão que é maluquice, que “perdi” horas e horas, mas acho que valeu a pena. Cozinha de meia-bola-e-força, mesmo que “inovadora” em relação à tradicional, é muito boa, mas, para outros esforços maiores e para quem é capaz, há dias únicos no ano. Aqui fica a receita, no sítio habitual.
P. S. (26.12.2012) - provável sinal de cansaço de azáfamas festivas, a receita saiu toda mal na minha página de receitas. Só agora vi e corrigi. As minhas desculpas.
P. S. (26.12.2012) - provável sinal de cansaço de azáfamas festivas, a receita saiu toda mal na minha página de receitas. Só agora vi e corrigi. As minhas desculpas.
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