Leiam-se estas notas críticas. Pastéis de bacalhau abatatados. Chocos fritos prejudicados com a aguadilha da salada banal acompanhante. Bacalhau da casa (? Eu diria que à Zé do pipo), ido ao forno coberto de maionese e que se deixou comer. Costeletinhas de borrego grelhadas, nada a dizer a não ser outra vez a aguadilha da salada. Galinha de cabidela a necessitar de mais de sangue.
Isto é típico restaurante de esquina de que falei antes. Mas, nesta crítica, qual foi a conclusão? “Come-se portuguesmente, dignamente”. Acreditam? Este tipo de crítica, geralmente a restaurantes medianos e banais que não mereceriam crítica, lê-se semanalmente. Sem mais comentários!
Na última nota, falei da responsabilidade de gastrónomos a sério, em defesa da qualidade do que se escreve na net. E na imprensa convencional? E por pessoas a quem ninguém se atreve a dizer que “o rei vai nu” e que se devem calar para merecer o respeito devido por obra antiga muito meritória?
Como exemplo do outro lado do espelho, tirado um pouco ao acaso, leiam “O caminho seguro de Henrique Mouro”, por Duarte Calvão, no Mesa Marcada. Rigor, atualidade gastronómica, boa informação, bom senso e bom gosto. Como disse na última nota, mais uma vez Antero e Castilho.
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