sábado, 14 de julho de 2012

Voltei à primeira classe

Nesta proveta idade, eu solitário que estava tão bem no ninho da águia, cozinhando em cozinha que dominava até ao mais ínfimo pormenor, resolvi abancar de cama e pucarinho. E logo em casa que, sem desprimor de muita excelência, e a começar pela cozinha, com ilha central em que me sinto “chefe” (designação pernóstica a ofender “mestre” João Ribeiro), me apresenta um fogão de indução, modernice que não conhecia.
Livro de instruções lido e relido, experimentado em testes variados, logo uma surpresa: como raio é que eu podia saber que se pode fazer ferver 2 l de líquido em 2 minutos? Mas baixar a temperatura e controlá-la? Estou a aprender e a sentir-me como se, em culinária, tivesse voltado à instrução primária. Ai, o meu absoluto controlo de cada milímetro a mais ou a menos da altura da chama do gás! O saber fazer um molho holandês sem precisar de banho-maria.
E metade das minhas panelas e frigideiras despachadas para a arrecadação porque o bicho apita a dizer que não as aceita? Como o sistema é de aquecimento por criação de um campo magnético, a composição do metal do recipiente é crítica.
Vou encomendar livros, estudar e, principalmente, experimentar. Provavelmente, até saber que grau e que tempo para simplesmente cozer ao devido dente arroz ou massas. Para uma canjita de almoço para a morena doente, foi de minuto a minuto até estar o arroz cozido. Talvez venha a fazer um pequeno manual. Darei notícias quando houver alguma coisa de útil a dizer.


P. S. (16.7.2012) - Aqui vai, destacado, o símbolo de adequação de recipiente a fogão de indução:



Sem comentários:

Enviar um comentário