Uma certa menina sabe que hoje, de regresso das suas demasiadas viagens profissionais, traz sempre um livro de cozinha. Desta vez, de Roma, não valia a pena, tenho boa coleção. Valeu antes uma bela massa que não conhecia, “orecchiette”, orelinhas, uma massa de pequenas peças muito duras, a precisar de cozedura longa (12 minutos para ao dente). No entanto, fora o primeiro conhecimento com tal massa, acho que o prato que fiz vai bem com qualquer massa.
O título do molho é eloquente, mas vai também o título convencional: molho de canónigos, queijos e cogumelos. Para variar do uso italiano tradicional dos espinafres, pensei fazer com agrião, mas não havia no meu supermercado e fui por essa outra hortaliça de que gosto muito, canónigos, parente pobre das minhas deliciosas beldroegas. Cogumelos, já que se tratava de prato italiano, foram portobello, que se vendem por toda a parte. Desvio à regra foi ter usado queijo de S. Jorge ralado em vez de parmesão, mas não vem daí nenhum mal, muito pelo contrário.
Não digo que a receita foi inventada, porque afinal, na cozinha, como na química de Lavoisier… O que não fui foi a livros, veio-me à cabeça o estilo florentino e a receita de Alfredo e daí saiu qualquer coisa híbrida. A receita está no sítio habitual. Vai aqui uma nota adicional de respeito pela dietética. Onde se ler manteiga, pode ser também margarina dietética de cozinha e a nata pode ser substituída por leite magro engrossado com maizena ou até iogurte magro (mas não “nata” de soja!).
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